domingo, 6 de setembro de 2009

DHAMMAPADA XI


DHAMMAPADA XI
A velhice



146:
Que risos, que alegria,
quando em constantes tormentos?
Envolvido em escuridão,
você não procura a luz?


147:
Olhe para esta imagem enfeitada
um montão de inflamadas feridas, amparado
doente, mas sujeito
de muitos anseios
onde nada mais resta
nada vai durar, nada é seguro


148:
Usado é este corpo,
ninho de doenças, dissolvendo.
Esta conglomeração pútrida
ligada para se separar,
vida por fora, morte por dentro


149:
Em ver estes ossos
descarnados
como cabaço pelo outono,
que prazer existe?


150:
Nesta cidade feita de ossos,
engessada em cima com carne e sangue,
os tesouros escondidos são:
orgulho e desprezo,
envelhecimento e morte.


151:
Até mesmo as carruagens reais
bem-embelezadas
vão decaindo
assim o corpo
sucumbe com a idade
Mas o Dharma do bem
não sucumbe com a velhice:
passa o saber de um sábio a outro sábio


152 *:
O ignorante envelhece
como amadurece um boi.
Os músculos desenvolvem,
o discernimento não.


153-154 *:
Pelo círculo de muitos nascimentos vaguei eu
sem recompensa,
sem descanso,
buscando o construtor da casa
Doloroso é nascer
novamente e novamente.

Ó Construtor, você foi visto!
Não construirá a casa novamente.
Todas suas vigas quebradas,
o poste de cume destruído,
ido para o Não-formado a mente,
encontrou o fim o apego


155-156:
Não vivendo a vida pura
nem ganhando riqueza na mocidade
eles desperdiçam a vida como garças velhas
num lago seco
sem peixe.

Não vivendo a vida pura
nem ganhando riqueza na mocidade
eles se deitam ao redor,
do fogo
suspirando na velhice



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