domingo, 6 de setembro de 2009

DHAMMAPADA IV


DHAMMAPADA IV
Flores


44-45 *:
Quem penetrará esta terra
e este reino de morte
com todos seus deuses?
Quem reunirá
o Dharma, esta declaração bem-ensinada,
como ramalhete de flores?

O praticante do caminho
penetra esta terra
e este reino de morte
com todos seus deuses.
O praticante do caminho
pesquisa
o Dharma, esta declaração bem-ensinada,
como um ramalhete
de flores.


46:
Sabendo que este corpo
é como espuma,
percebendo sua natureza
--uma miragem--
cortando
as flores de Mara,
você vai aonde o Rei da Morte
não possa ver.


47-48 *:
O homem que colhe prazeres
como flores
tem o coração distraído:
a morte o varre--
como uma grande inundação,
a aldeia adormecida.
O homem que colhe prazeres
como flores
tem o coração distraído,
insaciável em prazeres sensuais:
o fabricante da morte o segura
debaixo do ritmo


49:
Como uma abelha recolher o néctar sem prejudicar
a flor,
a cor,
a fragrância--
assim o monge deva viver
ao passar
por uma aldeia.


50:
Focalize,
não nas palavras ásperas de outros,
não no que eles fizeram
nem nas suas omissões,
mas no que você
tenha feito e não fez
você.


51-52:
Igual à flor,
fulgente e colorida
mas sem perfume é a palavra bem falada
pelo que assim não age

Igual à flor,
fulgente e colorida
e cheia de perfume é
a palavra bem falada
é frutífera
por quem bem a levou a cabo.


53 *:
Da mesma maneira que de um montão de flores
podem ser feitas muitas áreas de guirlandas,
assim mesmo
por um só mortal
podem ser feitas
--com o que nasce e é mortal--
muitas coisas hábeis.


54-56 *:
O perfume de nenhuma flor
vai contra o vento--
não o sândalo,
o jasmim,
o incenso
Mas o perfume do bem
vai contra o vento.

Da pessoa de integridade
flutua um perfume
em toda direção
Sândalo, lódão,
loto, e jasmim:
Entre estes perfumes
o perfume da virtude
não é superado.

Quase nada é a fragrância
-do sândalo, do lódão
enquanto o perfume do virtuoso
flutua aos deuses,
supremo.


57 *:
Os que consumam a virtude,
morando em plena atenção
libertados por soberana sabedoria
Mara não pode seguir seus rastos


58-59:
Como em uma pilha de lixo
lançada ao lado de uma rodovia
o lírio pode crescer
limpo, perfumado
agradando ao coração.

Assim no meio do lixo
a pessoa comum e cega
que deslumbra com discernimento
o Caminho da Verdade
se auto-desperta


Nenhum comentário:

Postar um comentário